Sexualidade e espiritualidade


Sexualidade e espiritualidade

por Guru Sangat Kaur Khalsa
“Espiritualidade não é apenas a porta para o templo;
mas é o aprender a viver dentro do templo” I Coríntios, 3:16-17
Yogi Bhajan define espiritualidade de uma forma simples e, ao mesmo tempo, inconvencional. De alguma maneira, sua mensagem contém a luz de uma verdade radical. Na minha experiência como professora, sua abordagem faz toda a diferença no compartilhar de seus Ensinamentos, uma vez que as pessoas são atraídas por aquilo que é natural e de fácil compreensão, o que não significa, de modo algum, algo fácil de se incorporar. Para isso, o importante é a educação que vem com a experiência.
O que seria de fato espiritualidade segundo seus Ensinamentos? Nada mais nada menos do que uma jornada inacreditável pelo território do nosso ser habitual, também chamado de ser oculto, em direção ao nosso ser real. Essa ideia se traduz de modo simples na seguinte fórmula: “eu em mim, para mim, dentro de mim, por mim”.
Para sermos capazes de conhecermos e experimentarmos nossa mais verdadeira e profunda identidade, uma jornada de aventuras precisa ser empreendida. Sair de um lugar convencionalmente reconhecido rumo ao cerne de nossa identidade verdadeira requer coragem e vontade. Esse lugar, essencialmente original, fica muito além de qualquer tipo de determinações, sejam elas biológicas, pessoais ou culturais, como gênero, por exemplo.
Nascemos em corpos femininos e masculinos. Quanto a isso, não há dúvida. E continuaremos a depender desta qualificação biológica, que regionaliza nossos territórios, porquanto perdurar o poder de nossos sexos em nos definir. Entretanto, com o tempo, tudo isso se desloca e nossa identidade sexual dá lugar a uma identidade muito mais universal em sua natureza.
Esse deslocamento acontece com o envelhecimento, no qual as diferenças entre homens e mulheres tendem a desvanecer, ou acontece quando buscamos conscientemente o território vasto de nossa identidade espiritual, a alma.
Não há nenhuma surpresa no fato de que a busca pelo amadurecimento espiritual requer a rendição da mente e do corpo ao domínio da alma, que, intrinsecamente, está além de determinações de gênero, já que é parte da Consciência Infinita. Em outras palavras, o preço pela viagem para dentro de si — feita por você, em seu território e tendo você como companhia — é a abertura para uma visão de si e do mundo muito vasta e despida de preconceitos.
Quando alcançamos nosso Ser Real, não mais precisamos reafirmar nossa identidade apenas com base em nossos gêneros. No espaço sagrado de nossa Verdadeira Identidade, não somos apenas nossa biologia, nem o que nossa mente nos fez crer que sejamos por sentir, desejar ou acreditar nas particularidades. Nós aceitamos tais particularidades e as entregamos no coração de nosso Ser Real, que, por ser parte da Grande Inteligência que governa cada uma das finitudes, as toma como parte integral de um todo, que agora se expressa pela vontade da nossa consciência.
Como Yogi Bhajan comumente dizia, você estará na sua Verdadeira Identidade quando não mais precisar das referências e cada vez se voltar para as reverências. Aqui, sua psique não mais precisa da orientação biológica, social e cultural. Ao contrário, você se torna um com a Jot (Luz Divina) e sua projeção vibra independentemente.
Neste ponto, você se encontra além, muito além das determinações sexuais e dos rótulos das condições finitas. O sexo ou sua sexualidade, ou mesmo sua educação, não mais definirão, de modo exclusivo, sua identidade.
Se Sat Nam (Realidade Verdadeira) torna-se um com Wahe Guru (caminho para luz) e se, desta unificação, Saibhang (iluminação) é adquirido, em termos práticos, gênero, cultura, sexualidade são apenas meios técnicos através dos quais damos a largada para tal jornada. No momento em que nos aproximamos do território da alma, cada vez mais eles se tornam secundários em nossas vidas. Caminhar para além das nossas habituações ou dos enquadramentos culturais é um bom começo para restaurar nosso direito de existir na Graça de Deus e na nossa Identidade Divina.
Ver o mundo através dos “olhos do Guru” nos força a aceitar homens e mulheres como puro sopro de Deus e, consequentemente, além de julgamentos morais. Gênero vai se desbotando na medida que nos afastamos da linha de largada e deixa de ser também uma vantagem ou desvantagem na nossa Maratona Divina na Terra.
Portanto, é correto dizer que gênero não é o visto de permanência nas terras de nossa espiritualidade. Ele é apenas o recurso preliminar necessário em direção daquele portal que nos permite entrar no reino soberano e livre de nossa consciência.
Nunca se ouviu de nenhum santo ou sábio que o gênero é o resultado de um plano divino para a encarnação humana, ou mesmo uma simples condição para a mesma. Gênero é apenas uma das muitas artes de Deus, moldada pela biologia e condicionada pelas emoções, que ajudam indivíduos a se moverem no mundo naqueles estágios inaugurais.
Nas terras de nossa espiritualidade, como dizia Yogi Bhajan, o individuo auto-iniciado pode ser conduzido pelas mãos do Guru (professor espiritual) apenas até à entrada; neste átrio somos nós que decidimos abrir ou não a porta. O teste da nossa espiritualidade requer que conquistemos aquele minúsculo hiato entre nosso ser habitual e nosso ser real, pois justo ali reside a liberdade de girar a maçaneta e entrar.
Sendo espiritualidade o resultado de uma jornada radical, em partir de sua periferia e aterrissar no seu núcleo Divino, homens e mulheres precisam superar o supérfluo e abraçar o campo de tensão disponível na união entre o Ser Real e o habitual. Neste encontro, vergonhas, inseguranças, culpas serão aceitas e realinhadas para que elas fomentem o espirito amoroso e compassivo da jornada.
A jornada deve ser sempre lembrada de uma maneira simples e pungente: Sua vida não é você. Você é sua vida!
Sat Nam Wahe Guru!
Belo Horizonte, 14 de agosto de 2013.





Harbhajan Singh (Yogi Bhajan) descende de uma família de fazendeiros, a qual possuía uma aldeia completa. Consequentemente, toda a aldeia festejava o dia de seu aniversário. Ele era pesado todos os anos de tantos quilos quanto pesava era distribuído em moedas de
ouro, prata e cobre, e seu peso multiplicado por sete também era distribuído em trigo para 
os pobres da aldeia. Desta tradição de alimentar os pobres é que veio a consciência do 
serviço em seu ser.

Sua educação foi única, porque ele era o único menino que frequentava uma escola para 
meninas em um convento católico. Ele frequentemente irritava a madre superior com suas 
respostas profundas. Uma vez, foi repreendido por uma das freiras por seu atraso à missa, 
porém, deixou a freira sem palavras com sua resposta profunda. Ele disse à freira que ao 
ouvir os sinos tocarem ele achou o som tão belo que a única coisa que ele podia pensar
naquele momento era em Deus, assim entrou em estado meditativo e não havia em seu ser
nenhuma razão que fizesse sair daquele estado enquanto os sinos não deixassem de tocar.

Harbhajan Singh desde cedo apresentou grande afinidade com a medicina e fazia perguntas 
a seu pai sobre a prática da medicina e era sensível a todos os tipos de conhecimentos 
antigos, incluindo técnicas de prevenção, dieta, remédios alopáticos e homeopáticos.


O mestre que mais teve influência sobre Harbhajan Singh durante seus anos de formação 
foi o seu avô, Sant Bhai Ji. Ele costumava sentar o menino no seu colo e contar estórias com ensinamentos que o inspirassem a viver uma linha reta, que o ajudassem a encontrar sua natureza espiritual e a renunciar sua natureza passional.

Harbhajan Singh teve outro importante mestre em sua vida, Sant Ranjit Singh, que lhe 
ensinou entre outras coisas a espiritualidade universal comparativamente a outros 
pensamentos e conceitos religiosos. Era um tema muito profundo para um jovem, mas 
Harbhajan Singh não era um jovem comum, como demonstraria posteriormente.

Em sua vida, teve muitos mestres, pois, sua mente inquisitiva e sua sede de sabedoria o 
guiaram para receber os exemplos de todos que ele conheceu. Mais além de seu 
meio-ambiente, ele visitou muitos santos, sábios e sadhus, que sempre tinham algo novo 
para compartilhar com ele.

Sua avó paterna, Ishar Kaur, também teve importante influência sobre ele. Ele contava a 
seguinte história sobre sua avó: “Uma vez eu lhe perguntei por que quando trabalhava, 
sempre cantava Gurbani (canções do Guru) e ela respondeu, “As mulheres existem para 
purificar e santificar tudo o que existe sobre a Terra. Tudo o que as mulheres tocam, se 
torna divino e a única maneira de tornar algo divino é santificá-lo eu purifica-lo com a
 palavra do Guru”.

O mestre de Siri Singh Sahib, Sant Hazara Singh, era incrivelmente restrito. Quando 
Harbhajan Singh começou seus treinamentos, havia muitos alunos e se algum cometia um 
só erro era despedido. Uma vez o aluno, para não ser despedido, lançou-se aos pés de 
mestre e chorou por oito horas. O mestre ficou em pé e imóvel e mesmo assim, quando o 
aluno terminou, ele o despediu.

Outra lição dolorosa que ele teve de passar foi quando o mestre disse a seus alunos que 
não voltaria a vê-los cara a cara. O mestre pediu isso porque ele era um conhecido 
guerreiro que lutava contra os opressores ingleses. Anos depois, quando passou pela aldeia
onde vivia seu mestre Sant Ji, Harbhajan Singh mandou um mensageiro avisá-lo que ele 
passava por ali e pedia uma audiência. Sant Ji lhe respondeu com uma nota que dizia:
“Eu sei, siga em frente”. A dor da separação deve ter sido muito grande, mas as ordens
foram cumpridas por seus discípulos.

O estudo e a prática de yoga não era incomum na Índia, e assim Harbhajan Singh continuou 
seu aperfeiçoamento desta ciência divina e, ao mesmo tempo, também praticava esportes, 
ganhando alguns prêmios. Chegou a ser capitão do time de futebol, porque era o melhor 
jogador de futebol e de hockey. Era querido por todos seus companheiros e mestre.
Graduou-se em 1950 com honras da Universidade de Punjab com licenciatura e mestrado 
em Economia.


Em 1947, quando o Paquistão separou-se da Índia, Harbhajan Singh guiou sua família a 
sua aldeia inteira e muitos homens, mulheres e crianças de áreas vizinhas, para sair do 
Paquistão através de quilômetros infestados de ladrões e bandidos.

Após terem fugido do Paquistão com somente o que tinham no corpo, chegaram à cidade de
Nova Delhi, sem casa e sem dinheiro. Mas com muito trabalho, dedicação e força de 
vontade para vencer, a família de Siri Singh Sahib estava novamente erguida
 financeiramente.
 
Com toda sua tendência para busca espiritual, Harbhajan Singh manteve o equilíbrio. 
Concentrou-se no sentido do dever e responsabilidade com a sua família. Também cumpriu 
com as tradições de Sikh Dharma, que incentivam a busca completa através do casamento.
Depois de terminar seus estudos, estabeleceu-se como oficial a serviço do governo da Índia 
e casou-se aos vinte e quatro anos com Sardarni Inderjit Kaur, em 1953. Ela era filha de
Bhai Sahib Kartar Singh Ji, um homem simples, de grande devoção para o Guru. Sua esposa,
Rawel Kaur era a personificação da bondade e do serviço e jamais levantou a voz para
ninguém. No seio desta família nasceu Bibi Inderjit Kaur, cujo destino estava marcado para
ser a esposa do futuro Siri Singh Sahib.

Já nesta época Harbhajan Singh tinha uma visão clara de sua missão e do que seria a sua
vida de serviços à humanidade. Ele viu na sua esposa um comportamento piedoso e uma 
grande capacidade de sacrifício, capacidade que tornaria possível o auto-sacrifício em 
relação ao seu marido pelo bem da missão do Guru.

No começo de seu casamento, ele se acostumou a escutar as orações (banis) que ela
recitava todas as manhãs. Ela havia sido instruída a recitar e compreender o Siri Guru 
Granth Sahib (livro sagrado dos Sikhs). Harbhajan Singh passava suas horas livres dando 
conselhos espirituais para quem o procurava e Bibi Inderijit Kaur lhes servia comida, 
hospitalidade e amor, seguindo o exemplo de Mata Khivi, a esposa de Guru Angad 
(o segundo Guru Sikh). Com espírito de meditação, amor e hospitalidade iam educando
seus três filhos e planejando o futuro em que dedicariam suas vidas como missionários 
do Guru. Este dia chegaria antes do imaginado.

Uma das experiências mais importantes da vida de Harbhajan Singh foi quando ele
reconheceu ser  seu próprio caminho espiritual e seu Guru pessoal o  Guru Ram Das. Este 
foi um momento crucial que iria marcar seu futuro. Como oficial do governo foi designado 
para várias cidades da Índia. Em 1960 foi enviado  a um distrito na periferia de Amritsar 
(a cidade do Templo Dourado). Durante esta época aproveitou a oportunidade para lavar o 
piso de mármore de Harimander Sahib, o Templo Dourado. Como Sikh, sabia  naturalmente 
o significado especial do Templo Dourado e da cidade santa de Amritsar. Sabia que, além 
de sua busca espiritual, estava a humildade e o desempenho do serviço (seva) mais humilde
para encontrar a realização do que estava buscando.

Harbhajan Singh esteve dezoito anos a serviço do governo da Índia. Através de seu trabalho
conquistou uma reputação de absoluta honestidade e integridade, assim como o respeito e 
a admiração de todos os oficiais.

Sabia-se que, uma vez que ele tomava uma decisão, era impossível fazê-lo mudar, 
tampouco seria enganado, pois, tinha a capacidade de ler a aura e, assim, saber quem 
estava com a verdade.

Alguns incidentes em setembro de 1968 começaram a mudar a vida de Harbhajan Singh, e
o incidente final ocorreu quando um canadense apareceu na alfândega de Nova Delhi. Este 
homem estava procurando um yogi para ir ao Canadá e ensinar yoga na Universidade de 
Toronto. Assim foi feita a conexão. Harbhajan Singh explicou a este senhor toda sua
experiência de yoga e se ofereceu para assumir o cargo. Em poucos dias os preparativos 
foram feitos.

Em setembro de 1968, Harbhajan Singh entregou seu pedido de demissão. Sua família 
permaneceria em Nova Delhi até que as circunstâncias fossem propícias para que todos se 
reunissem no Canadá. Ele tinha uma grande fé em Deus e no Guru em que finalmente seu 
destino se cumpriria. Antes de partir escutou esta hukam (leitura de Siri Guru Granth Sahib):

 
“PELA GRAÇA DO GURU TERÁS GOZO SECULAR E SOBERANIA ESPIRITUAL."
(GURU ARJAN, 211)

Sat Nam,

No dia 26 de agosto comemoramos o aniversário de nascimento de nosso amado mestre YOGI BHAJAN. Faremos uma homenagem a este formidável e querido professor em nosso blog com postagens sobre sua obra e sua vida.



Yogi Bhajan, filho de um médico, nasceu em 26 de agosto de 1929, numa parte da Índia hoje pertencente ao Paquistão. Ele passou sua juventude em ambientes privilegiados, teve uma educação exclusiva. Ele estudou em escolas Católicas, responsáveis ainda hoje pela melhor educação das crianças indianas.
Aos 8 anos de idade ele começou seu treinamento com um professor iluminado, Sant Hazara Singh, quem o proclamou Mestre de Kundalini Yoga aos 16 anos de idade.
Durante o êxodo Indiano, em 1947, com 18 anos de idade teve que deixar sua cidade natal perto de Lohore hoje, e caminhou a pé aproximadamente 1000 kilometros até Nova Delhi, onde chegou apenas com uma pequena mochila. Mais tarde ele retomou seus estudos na Universidade de Punjab onde ficou reconhecido pelos seus argumentos em debates acadêmicos e pelo seu desempenho nos esportes, ganhando de seus colegas o apelido de “China Wall”.
Após sua graduação em economia, ele começou a trabalhar num departamento governamental, após o que foi deslocado para chefiar o setor da Aduana do aeroporto internacional de Delhi.
Ele casou-se com Indejit Kaur em 1952. Eles tiveram 2 filhos, Ranbir e Kulbir Singh, e uma filha Kamaljit Kaur.
Em setembro de 1968 ele deixou a India e embarcou para o Canadá para ensinar na Universidade de Toronto, carregando consigo uma carta de recomendação do Sir James George, então alto funcionário da Embaixada Canadense em Delhi, também seu aluno.
Após dois meses no Canadá, Yogi Bhajan partiu para uma visita a Los Angeles. Lá ele encontrou-se com inúmeros jovens hippies, que passaram a ter nele uma referência para genuínas experiências espirituais. Nesta época estes jovens começaram a trocar as drogas pelo Kundalini Yoga e descobriram nesta pratica uma fonte simultânea de reconstruir seus sistemas nervosos e experimentar estados elevados de consciência.
Quebrando os séculos de tradição que proibia o ensino do Kundalini Yoga em publico, este Mestre divulgou os ensinamentos publicamente usando a ciência do Yoga, as técnicas da Meditação, filosofia yoguica e amor incondicional.
Este foi um começo modesto, ensinando em centros culturais, numa loja de um dos alunos em West Hollywood, o ”Yogi” era como um imã. Os alunos se amontoavam para participar de suas aulas. Rapidamente ele estava ensinando nas universidades, Claremont e UCLA.
Tendo sido nomeado Mahan Tantrico em 1971 pelo então tibetano Lilan Po, Yogi Bhajan organizou o Tantra Yoga Branco que acontece desde então em todo o mundo.
Fiel ao que disse quando chegou ao ocidente, “eu não vim para fazer discípulos, mas para treinar professores” uma confiável Instituição foi criada International Kundalini Yoga Teachers Association e KRI (Kundalini Research Institute) que certificam todos os cursos e a formação de professores pelo mundo todo.
Incorporando uma combinação rara de sabedoria espiritual e “pé-no-chão”, Yogi Bhajan ficava igualmente à vontade no púlpito, no pódio, na sala de aula, na sala de visita, ou nos gramados dos parques. Seus ensinamentos influenciaram âmbitos diversos, tais como os da comunicação, da cura, dos negócios, da religião, da política.
Com seus 2 metros de altura, sua poderosa presença e projeção, encantou audiências. Corajoso, destemido mas humilde, ele poderia ao mesmo tempo encantar ou duvidar de acordo com a ocasião. Sua abertura e aceitação junto com seu insistente compromisso com a excelência fez dele um professor formidável.



Seu Lema: “If you can’t see God in all, you can’t see God at all.” (Se você não pode ver Deus em tudo, não pode ver Deus em nada)

Seu credo: “It’s not the life that matters, it’s the courage that you bring to it.” (Não é a vida que importa, mas a coragem que você traz a ela)

Seu desafio aos alunos: “Don’t love me, love my teachings. Become ten times greater than me.” (Não me amem, amem meus ensinamentos. Tornem-se dez vezes mais grandes do que eu)

"Eu poderia ter ensinado Hatha Yoga como todos os outros. Eu sou um bom Hatha Yogue. Na índia, quando os Hatha Yogues ficavam doentes, eu podia curá-los. Eu sou um especialista em yogaterapia, onde você usa as posturas de Hatha Yoga, alguns mudras, kriyas e nutrição para tratar pessoas.
yb01Eu escolhi não ensinar somente Hatha Yoga. Eu comecei a ensinar Kundalini Yoga e todos diziam: “Será difícil e não será popular”. Ninguém realmente quer ter consciência no Ocidente. “Você deveria começar com Hatha Yoga!” Eu tinha que decidir: “Vou fazer isto comigo e pegar o caminho mais fácil ou vou entregar o conhecimento sem diluir, como um legado para estas pessoas?” Eu senti que as pessoas, no Ocidente, precisavam do tipo de sistema que pudesse dar-lhes uma compreensão positiva e consciência em pouco tempo. Esse sistema tinha que ser suficientemente forte e prático para que qualquer pessoa da família pudesse praticá-la.
Todos os sistemas tradicionais de Hatha Yoga eram destinados aos alunos que podiam limitar ou retirar-se da vida normal. Não há nenhum sistema, que eu conheça melhor que Kundalini Yoga. Embora Raja Yoga seja magnífica, é muito mental, e um aluno tem que estar muito bem preparado para ela.
A beleza de Kundalini Yoga é que, se você pode simplesmente sentar-se em qualquer lugar, fixar o ritmo automático de seu pranayama (controle da respiração), adicionar um naad criativo (som interno), sua mente torna-se focada e equilibrada. Em um único kriya você pode alcançar imediatamente um completo equilíbrio físico, mental e espiritual. Funciona tão efetiva e rapidamente em função da sua completude, equilíbrio e energia.
Desde que qualquer método, da oração à dança, para ajudá-lo a alcançar a Consciência Universal deve, conseqüentemente, elevar a kundalini para alcançar seu objetivo, por que não começar direto com Kundalini Yoga?"
(Yogi Bhajan)