Em profundo amor, gratidão e reverência aos Dez Gurus Sikhs e a Yogi Bhajan
Eu sempre achei que o
que os Dez Gurus Sikhs tinham a me dizer ia muito além das informações que encontrava
nos livros e apostilas. Dentro de mim havia um forte chamado para que eu
buscasse pelos gurus, só que a forma como eu fazia esta busca era vazia e
muitas vezes as leituras de textos mal traduzidos ou de relatos muito resumidos
da vida destes gurus tornavam-se até sem sentido para mim. O que a minha alma
pedia era uma forma de encontrá-los verdadeiramente e isso eu ainda não
conseguia entender.
Um dia então eu tive a inspiração
de fazer um texto sobre esses Gurus Sikhs e, para minha surpresa, a forma como
eu deveria me preparar para escrever este texto foi completamente inusitada. O
comando era para que eu deixasse de lado as leituras sobre a vida dos gurus e
ficasse em completa imersão na energia de cada um deles, durante dez dias
consecutivos.
Dez gurus... dez dias... um dia
para cada guru... dez dias de completa imersão... uma história de completa
transformação!
E assim, naquele mesmo instante
em que recebi a inspiração o meu coração se abriu, as dúvidas sobre o que fazer
foram embora e eu me coloquei em total entrega à experiência que viria. Eu tive
a certeza de estar sendo guiada. Não havia mais pensamento, nem desejo e nem
intenção alguma em minhas ações. Só amor, muito amor, e uma entrega total.
Aakhan Jor – The Great Surrender
(to WaheGuru) – foi o mantra escolhido para iniciar o trabalho, e com ele eu me
deitei em silêncio, reverência e absoluta devoção. Era tarde de 22 de outubro
de 2013 e Guru Nanak foi o primeiro guru a estar comigo.
Em pouco tempo formou-se na minha
mente uma relação entre os dez Gurus Sikhs e os nossos dez corpos. “Dez gurus, dez corpos”, “Dez gurus, dez corpos”. E de tanto essa
frase se repetir na minha cabeça veio logo a certeza de que a relação realmente
existia.
Logo que o mantra acabou eu fui
buscar informações sobre Guru Nanak no livro The Aquarian Teacher e quase perdi
o fôlego quando abri exatamente na página que falava sobre a relação entre os Dez
Gurus Sikhs e os nossos dez corpos. Essa era uma informação que eu havia
esquecido completamente e resgatá-la dessa forma me fez compreender que tudo está
ao nosso alcance quando damos a devida permissão. Guru Nanak, a quem eu sempre
admirei pela imensa sabedoria, havia acabado de me mostrar que essa sabedoria também
está disponível para mim, e para todos, na imensidão do Universo. Em cada
história de vida existe uma sabedoria própria a ser resgatada e todos nós somos
capazes de resgatar a sabedoria da nossa história.
Guru Nanak nos traz a força do
Corpo da Alma, o primeiro dos nossos dez corpos, e a graça da humildade. E foi
a partir dessa energia que a história da minha imersão se transformou
completamente. O que inicialmente seria uma jornada minha ao encontro dos gurus
tornou-se uma jornada ao encontro de mim mesma, com o amparo e a presença dos
gurus me conduzindo. Um a um... dia após dia... os meus corpos se revelando...
a mais linda de todas as viagens...
Cada guru chegou a mim e se
revelou de uma forma única e particular: Guru Nanak em consciência; Guru Angad
em amor, cuidado, carinho e proteção comigo mesma; Guru Amar Das em
positividade e expansão; Guru Ram Das em entrega ao servir e meditar; Guru
Arjan na força de ensinar; Guru Hargobind na consciência do equilíbrio entre o
reinado físico e o reinado cósmico (Miri-Piri); Guru Har Raí no fortalecimento
da Aura; Guru Har Krishan eu cheguei a enxergar enquanto cuidava do meu corpo
prânico quando eu me deitei para dormir; Guru Teg Bahadur em expansão da
compreensão; e Guru Gobind Singh em tamanha presença, força e coragem que a
sensação que fiquei é a de que o seu sangue também corre nas minhas veias.
E assim eu fui me tornando
consciente dos meus corpos na medida em que eles também foram se revelando a
mim. Assim eu fui me tornando mais inteira.
O mais surpreendente de tudo é
que a jornada continua até hoje e a cada dia eu sinto crescer a presença e a
força dos gurus, assim como a consciência dos meus corpos, a capacidade de
ouvi-los, senti-los, equilibrá-los e compreendê-los.
Ele me trouxe a consciência da
expressão elevada do 11 e despertou em mim a compreensão da força deste número
tão presente em minha vida.
Em belas palavras, Yogi Bhajan
diz que “Quando Deus em você e seu humano
estão em harmonia paralela, então você é um 11. Você não tem dualidade, tem a
visão divina e a verdade flui de você. Você não precisa encontrar nada fora de
você. As joias estão todas em você, você é rico por dentro e tem satisfação e
contentamento”.
E o meu encontro com ele aconteceu
no dia 2 (1+1) de novembro (mês 11), do ano em que farei 47 anos (4+7=11) no próximo DIA 11!
WAHE
GURU!!!!!!!!!!!!!!
“Se você
compreender que tem Dez Corpos
e se estiver
consciente deles e os mantiver em equilíbrio,
o universo inteiro
estará em equilíbrio com você”.
(Yogi Bhajan)
Sat Nam!
Com amor,
Suraj Prakash Kaur
Bsb, 09/12/13